O Emprego Da Felicidade: Como É O “Futuro Profissional”?

A participação na liderança, medindo a satisfação dos funcionários e tomando
medidas são as qualidades dos profissionais que ganharam mais poder na
pandemia.

Você está insatisfeito com seu trabalho? Se sua resposta for “sim”, saiba que
há uma novidade, que muitos consideram os “profissionais do futuro”, nasceu
para mudar esse sentimento que atinge milhões de pessoas no Brasil e no
mundo.

O Chief Happiness Officer (CHO) ou o responsável pela felicidade em português
é responsável pela felicidade dos colaboradores da empresa. Renata Rivetti,
diretora da Reconnect, consultoria voltada para o tema, explica que o
profissional não será necessariamente contratado e os funcionários não
assumirão novos cargos, “mas cargos que podem ser exercidos e ocupados por uma
ou mais pessoas da empresa”.

Ele explicou: “CEO, diretor, gerente, coordenador de equipe… essa pessoa
também pode trabalhar em áreas como recursos humanos, marca do empregador e
marketing. ”

Segundo Renata, as características de um chefe feliz incluem medição,
pesquisa, satisfação do funcionário e capacidade de liderança. Ele
acrescentou: “Além de planejar e implementar novas ações que deixem os
colaboradores mais felizes”.

Mas, na prática, por que precisamos de um líder feliz? Para os especialistas,
os benefícios excedem a felicidade do funcionário: eles afetam diretamente o
desempenho financeiro da empresa.

Ele explicou: “Funcionários felizes produzem mais coisas, são mais
criativos, têm menor absenteísmo, maior lealdade, fazem propaganda da
empresa, têm melhores relacionamentos e, assim, apresentam melhor desempenho
financeiro. Pelo contrário, funcionários insatisfeitos e insatisfeitos são o
oposto. ”

Uma pesquisa realizada pela Harvard Business Review confirmou as palavras de
Renata e apontou que funcionários insatisfeitos reduziram a produtividade em
18% e os lucros em 16%, resultando em um aumento de 37% no absenteísmo e ainda
49% dos acidentes ocorreram no ambiente de trabalho. “Mas vale lembrar que a
felicidade no trabalho também depende de nossos relacionamentos interpessoais
e de nossas realizações pessoais”, enfatizou o executivo da Reconnect.

Medidas práticas

Renata explica que o primeiro passo é medir sempre a felicidade dos
colaboradores e determinar as áreas em que a empresa precisa realizar ações
específicas – emoções positivas, relacionamento / liderança, engajamento ou
racionalidade / propósito / pertencimento. Isso mostra que o chefe da
felicidade está diagnosticando a ação da linha de frente mais preocupante.

“Por exemplo, podemos realizar ações chamadas de ‘compensação’, que é um
conjunto de compensações não financeiras que estimula emoções positivas e
aumenta o vínculo afetivo entre os colaboradores e a empresa, aumentando assim
a motivação, a produtividade e o desempenho”, afirmou. Horário mais flexível,
plano de tratamento e comunicação com a liderança são citados como exemplos
dessas ações.

Em situações mais complexas, o plano inclui uma revisão dos valores, cultura e
propósito da empresa.

Carreira do futuro

Chefes felizes estão ganhando cada vez mais espaço, e a tendência é que essa
onda se intensifique – principalmente durante o período do coronavírus. A
pandemia tem causado insegurança e ansiedade entre muitos trabalhadores, o que
faz com que os profissionais de recursos humanos pareçam estar mais
preocupados com a saúde emocional e o bem-estar dos funcionários.

“Atualmente, as pessoas estão cada vez mais atentas às empresas que se
preocupam com a sociedade. As empresas têm uma oportunidade única de mostrar
que realmente se preocupam com seus funcionários. Isso é fundamental em
situações incertas como a atual”.

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